A Soberania de Deus e a Vontade do Homem
O conhecimento corresponde ao espaço que se abre para lançarmos o fundamento da igreja. É ele que acomoda a base de um culto racional e relaciona a vida espiritual vitoriosa do salvo à conquista do poder de ser obediente. O conhecimento da graça, o conhecimento da verdade, a revelação da Graça se manifestar no homem – a vida que há em Deus.
Afirmar que Deus é soberanamente onipotente não afasta a responsabilidade dos que herdam a salvação, antes, imputa aos verdadeiros filhos de Deus o cumprimento da justificação, em que vivam para Deus (IICo 5.15), definitivamente. Não mais para si mesmos. Da mesma forma que, uma vez responsabilizados pelo evangelho, o esforço dos salvos e a sua aplicação zelosa com o objetivo de serem aprovados por Deus não invalida a Graça de Deus, contanto que tais obras não sejam praticadas com fins de justificação pessoal, mas de obediência ao cumprimento do próprio Pacto da Graça.
Assim sendo, não por quem quer, não por quem corre, mas por Deus operar a sua misericórdia. E, também não por quem simplesmente afirma ser salvo e eleito de Deus, e é desobediente, irreverente, desvinculado do Corpo de Cristo, vivendo na prática do pecado.
Deus escolheu, predestinou e imputou aos eleitos a responsabilidade de serem justos perante ele, santos e irrepreensíveis (Ef 1.3-5). A qualidade de agir corretamente perante o Senhor diz respeito à Graça concedida ao homem, pois ninguém é justo diante de Deus em si mesmo, nem salvo por sua capacidade ou merecimento. Entretanto, faz-se necessário observar que a salvação é acompanhada por uma regeneração poderosíssima que se desdobra na produção de uma nova criatura segundo Deus, renascida para uma nova vida, totalmente consciente e responsável espiritualmente.
Não tem se falado da soberania de Deus senão, apenas, à circunstância de que ela existe. Mas o aprofundamento, ou seja, levar ao entendimento do que significa em relação à vontade e à capacidade do homem, não é empreendido com a devida importância que merece. Até porque, isso derruba o ajustamento do cristianismo à vontade do homem e submete todos os eleitos ao modelo de Deus, inflexivelmente.
Não há contradições, apenas incompreensão, grande parte das vezes acompanhada de um radicalismo sectário. Mas as Escrituras são perfeitas e santas. Simplesmente, dizer: está escrito, mas eu não aceito, ou não creio, revela a intolerância à Verdade da Palavra de Deus.
O que fica em questão é: A que Senhor servem os que não crêem na soberania onipotente de Deus? E, por que pensam que a auto-consideração exacerbada (soberba e arrogância espirituais) não coloca o homem em posição condenável diante daquele de quem roubam o poder e a soberania e ainda pensam ajudar com os esforços do seu livre arbítrio?
Não podemos negar o domínio de Deus sobre todas as coisas, não podemos negar seu poder e controle sobre tudo que existe e acontece, não podemos negar a autoridade inquestionável da sua vontade não permitir que qualquer dos seus desígnios possam ser frustrados, mas alguns insistem em dizer que o homem é salvo por seu livre arbítrio e esforço. Estes negam Graça de Deus.
Fonte: Ame a Nossa Missão
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