Ecumenismo,
avanço ou uma ameaça à igreja?
Rev. Hernandes
Dias Lopes
Está na moda o diálogo
inter-religioso. Vivemos a época do inclusivismo, fruto da ideia pós-moderna,
que não existe verdade absoluta. Muitos pastores, em nome do amor, sacrificam a
verdade e caem nessa teia perigosa do ecumenismo. Precisamos afirmar que não
existe unidade espiritual fora da verdade, assim como luz e trevas não podem
coexistir. Não podemos ser um com aqueles que negam a salvação pela graça de
Cristo Jesus. Não é um ato de amor deixar que aqueles que andam pelo caminho
largo da condenação sigam “em paz” por esse caminho de morte. Esse falso amor
tem cheiro de morte. Essa atitude de dar as mãos a todas as religiões, numa
espécie de convivência harmoniosa, acreditando que toda religião é boa e leva a
Deus é uma falácia. Toda religião é vã a não ser que pregue a Cristo, e este
crucificado. Toda religião afasta o homem de Deus, a não ser que anuncie Jesus
Cristo como o único caminho para Deus! Vamos deixar esse discurso falacioso de
amor a todos, e vamos amar de verdade às pessoas, de todas as religiões,
pregando a elas, com senso de urgência, o evangelho que exige arrependimento e
fé e oferece vida eterna.
Obviamente, a união de todas
as religiões e de todas as crenças não é um avanço, mas uma ameaça à igreja de
Cristo. O que está por trás dessa tentativa de unir todas as crenças é a
heresia de que toda religião é boa e todo o caminho leva a Deus. O ecumenismo,
o diálogo inter-religioso e a fraternidade com todos os credos é um engano
fatal. É um falso entendimento do que Jesus ensinou sobre a unidade espiritual
da igreja. Não há unidade espiritual fora do evangelho de Cristo. O argumento
de que Jesus acolheu publicanos e pecadores e por isso devemos receber todos os
credos é uma falsa interpretação do texto bíblico. O amor não é um substituto
da verdade. Todos são convidados a vir a Cristo, mas de todos é exigido
arrependimento e fé.
É preciso alertar, ainda, que
essa frouxidão doutrinária do liberalismo desemboca na relativização moral. O
entendimento pós-moderno é que cada um tem sua própria verdade. A verdade
deixou de ser objetiva para ser subjetiva. Com isso, assistimos, estarrecidos,
não apenas um ataque aos valores morais, mas uma inversão dos valores morais. O
profeta Isaías já havia denunciado essa atitude: “Ai dos que ao mal chamam bem
e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo
por doce e o doce, por amargo!” (Is 5.20). É isso que estamos vendo na mídia
todos os dias. Faz-se apologia do aborto, do adultério, do homossexualismo, da
violência e da mentira. Porque uma ideia falsa foi plantada no passado, estamos
fazendo uma colheita desditosa no presente. A igreja de Cristo precisa estar
firme contra todas essas ondas de engano e permanecer inabalável no cumprimento
de sua vocação de levar o evangelho a toda criatura, em todo o mundo.
Catecismo
Maior
Pergunta
38. “Qual a necessidade de o Mediador ser Deus?
Resposta: Era necessário que o Mediador
fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e guardá-la de cair debaixo
da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor e eficácia aos seus
sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça de Deus,
conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu
Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi-lo à salvação (At 2.24; Rm 1.4;
At 20.28; Rm 3.24-26; Ef 1.6; Tt 2.14; Jo 15.26; Lc 1.69,71,74; Hb 5.9)”.
Pergunta
39: “Qual a necessidade de o Mediador ser homem?
Resposta: Era necessário que o Mediador
fosse homem para poder levantar a nossa natureza e obedecer a lei (Rm 5.19; Gl
4.4,5), sofrer e interceder por nós em nossa natureza (Hb 2.14; Hb 7.24,15), e
solidarizar-se com as nossas enfermidades (Hb 4.15); para que recebêssemos a
adoção de filhos (Gl 4.5) e tivéssemos conforto e acesso, com confiança, ao
trono da graça (Hb 4.14-16).”
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