Natal, uma boa nova de
grande alegria
Rev. Hernandes Dias Lopes
O
Natal é a celebração do nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Muitos cristãos
hesitam em comemorar o Natal e outros chegam mesmo a fazer oposição a essa
comemoração, em virtude de não sabermos, com exatidão, a data precisa em que
aconteceu esse fato auspicioso. Ainda outros desaconselham a celebração do
Natal em virtude dos vários adendos acrescidos à festividade como presépio,
árvore enfeitada e Papai Noel. Entendemos, que esses acréscimos não fazem parte
do verdadeiro Natal e não devem distrair nossa atenção. Precisamos, portanto,
resgatar o verdadeiro sentido do Natal e devolvê-lo a seu verdadeiro dono,
Jesus Cristo, nosso Salvador.
A
celebração do Natal é legítima, pois o primeiro Natal foi motivo de festa no
céu e na terra, comemorado pelos anjos e pelos homens. A grande notícia
anunciada pelo anjo do Senhor, aos pastores de Belém foi: “Não temais; eis aqui
vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje
vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc
2.10,11). Natal é a verdade bendita de que o Eterno entrou no tempo, Deus se
fez homem e o Senhor dos senhores se fez servo. Natal é o cumprimento do plano
da redenção, traçado nos refolhos da eternidade. Natal é a concretização da
promessa do Pai e o cumprimento das profecias anunciadas pelos patriarcas e
profetas. Natal é a consumação da esperança de Israel. Na plenitude dos tempos,
o Cristo de Deus, nasceu de mulher, nasceu sob a lei, para nos redimir dos
nossos pecados.
Natal
não é festa gastronômica. Natal não é o
comércio guloso capitaneado pelo velho bojudo de barbas brancas. Natal não é
troca de presentes nem ruas enfeitadas com cores policromáticas. Natal é a luz
do céu invadindo a escuridão da terra. Natal é o Verbo eterno de Deus, se
fazendo carne para habitar entre nós, cheio de graça e de verdade. Natal é o
Deus que nem o céu dos céus pode contê-lo esvaziando-se, a ponto de nascer como
um bebê numa pobre vila da Judeia. Natal é o criador e dono do universo
despojando-se de sua glória para calçar as sandálias da humildade, fazendo-se
pobre para tornar-nos ricos. Natal é a proclamação embalada nas asas da
alegria, anunciando que Jesus é o Salvador do mundo, o Messias prometido, o
Senhor do universo.
Natal
é a evidência mais eloquente do amor de Deus aos pecadores.Quando
Deus criou o universo, fê-lo pela palavra do seu poder. Quando Deus criou o
homem, colocou a mão no barro. Porém, quando Deus desceu para resgatar o homem
entrou no barro, pois o Verbo se fez carne, vestiu pele humana e armou sua
tenda entre nós. Natal é a consumação da maior dádiva de Deus ao homem. Deus
amou o mundo e deu seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna. Deu-o não a quem merece, mas a pecadores indignos.
Deu-o não para ser exaltado entre os homens, mas para ser cuspido por eles.
Deu-o não para entrar na história como o Rei da glória, mas para carregar a
cruz maldita, como servo sofredor. Deu-o não na última hora, mas desde a
eternidade!
Natal
é a festa da salvação. É a celebração
que nos remete ao plano eterno de Deus, quando a própria Trindade, no recôndito
dos tempos eternos, decidiu nos amar e nos destinar para a salvação. Nesse
projeto divino, o Pai envia o Filho e o Filho se submete ao Pai. Nesse decreto
eterno, o Pai escolhe um povo e o dá como presente a seu Filho. O Filho deixa a
glória que sempre teve com o Pai e desce para morrer em favor desse povo. O
Espírito Santo, regenera e sela esse povo como propriedade exclusiva de Cristo.
Agora, nós, povo de Deus, povo redimido, alcançado pela graça, devemos exaltar
pelos séculos sem fim, o Cordeiro de Deus, por tão grande salvação.
Que
o Natal de Jesus seja celebrado por todos nós, com fervor efusivo, com alegria
indizível e com entusiasmo sem igual!
Catecismo
Maior
Pergunta 30: “Deixa Deus todo o gênero humano perecer no estado
de miséria e pecado?
Resposta: Deus não deixa todos os homens perecerem no estado de pecado e miséria
em que caíram pela violação do primeiro pacto comumente chamado o pacto das obras
(I Ts 5.9); mas por puro amor e misericórdia livra os escolhidos desse estado e
os introduz num estado de salvação pelo segundo pacto comumente chamado o pacto
da graça” (Gl 3.10; Tt 3.4-7; Tt 1.2; Rm 3.20-22).
Pergunta 31: “Com quem foi feito o pacto da graça?”
Resposta: O pacto da graça foi feito com Cristo, como o segundo Adão, e nele com
todos os eleitos, como sua semente” ( I Co 15. 22,45: Ef 1.
4; II Tm 1. 9; Is 53.10,11; Hb 2. 10,11,14).
Nenhum comentário:
Postar um comentário